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Dívidas: 10 passos que levam seu orçamento para o buraco e te deixam no vermelho

Dívidas: 10 passos que levam seu orçamento para o buraco e te  deixam no vermelho

Se você acha que apenas o trabalho é a razão de algumas pessoas serem ricas e outras não, você deve rever seus conceitos. O diferencial das pessoas que conquistaram uma boa conta bancária é que elas sabem exatamente quanto ganham, quanto podem gastar e quanto realmente devem gastar. Quem ganha muito pode gastar muito, mas, os inteligentes sabem que não se deve gastar tudo que o seu dinheiro pode comprar.

E antes de começarmos a falar sobre os passos que podem levar o seu orçamento para o buraco, quero chamar sua atenção para uma palavra extremamente importante ao assunto que vamos abordar: Consciência. O que me leva ao consumo? Eu quero, preciso e posso comprar Planejamento financeiro é algo sério e fundamental e é preciso considerar que imprevistos acontecem e sair do endividamento, a depender da situação, pode parecer impossível. Por isso é fundamental que você entenda os passos que você pode dar e que levam sua vida financeira para um caminho nada bom.

1. Muitas pessoas só percebem que as finanças saíram do controle quando estão endividadas

Já viu aquela história de que preferimos fingir que não estamos vendo a situação financeira pela qual passamos? Acreditamos nas contas de cabeça que nunca são exatas, duvidamos do óbvio e negamos os sinais de que as coisas não andam muito bem. As pessoas acabam fechando os olhos para não ver que a situação ficou preta e em breve o orçamento estará no vermelho.

Assuma a responsabilidade pelas suas compras, dívidas e tudo que envolve seu orçamento. Um mês ou outro é normal que tenhamos mais compromissos, projetos, imprevistos e gastemos um pouco mais. Mas, se extrapolar o orçamento se tornar uma rotina, é bom começar a calcular e economizar para que as dívidas não se acumulem e se tornem impagáveis.

O que não faltam são opções para que você tenha as rédeas dos seus gastos. Entre essas opções citamos o aplicativo, que pode lhe auxiliar com seu controle financeiro, através de uma forma bem simples e prática.

2. Sempre contar com o cheque especial

São vários os sinais pelos quais você vai enfrentar um problema financeiro e um deles é o uso indiscriminado do cheque especial. É muito comum uma pessoa endividada não querer tirar parte do dinheiro da Poupança porque é a única reserva que tem. Essa mesma pessoa opta por manter um investimento que rende 0,5% ao mês e por continuar pagando 10% de juros para um cheque especial ou cartão de crédito.

3. Justificar excessos com desculpas

Transformar o ato de compra em uma necessidade e não em um desejo é mais comum do que imaginamos. Muitas pessoas sofrem com os excessos e o orçamento sofre mais ainda. O que parece ser algo normal pode ser bem mais complicado do que parece. Uma conhecida uma vez me disse que precisou levar um grande choque para perceber que estava totalmente descontrolada com as dívidas que vinha acumulando. Ela percebeu que gastava muito dinheiro com presentes para os filhos e sempre usava a desculpa de que eles mereciam e que ela deveria comprar para agradá­los.”

Realmente queremos dar aos nossos filhos o melhor, mas tudo dentro do que o orçamento permite. Assim, você evita fazer empréstimos desnecessários e contrair novas dívidas. Por mais que nossos filhos mereçam presentes, nosso orçamento merece ser respeitado. E não há desculpas que justifiquem manter as finanças no vermelho.

4. Gastar tudo o que tem ou até mais do que se tem

Se você gastar sem nenhum planejamento, será sempre um pagador de contas. A sua liberdade financeira é construída com planejamento e não consumindo 100% do que você ganha todos os meses. Viver sempre no limite do que se ganha te coloca lado a lado das dívidas e longe de alcançar uma vida financeira saudável.

5. Não ter cuidado na hora de investir

Se você investiu seu dinheiro em alguma aplicação, deve acompanhar como está o rendimento, se há perdas, se há outros investimentos melhores também. Deixar o dinheiro acumulando em um tipo de aplicação que pode estar depreciando seu capital, como o caso da poupançafaz com que você mais perca do que ganhe. Pesquise, mantenha-se atualizado ou procure a ajuda de profissionais que podem te auxiliar na busca de novos investimentos que tragam maior rentabilidade.

6. Não negociar antes de comprar

Há quem faça cara feia para quem pede desconto e acha que a prática não é das melhores. Ter vergonha de negociar algo que você vai pagar é ter vergonha de zelar pelo seu dinheiro, não é mesmo? Há quem prefira pagar diversas prestações “que cabem no bolso” e ter de lidar com juros, do que negociar o preço do produto à vista. Quando você compra parcelado você tem a falsa impressão de que gastou pouco, porque não viu uma quantia alta sair do seu bolso, mas de prestação em prestação o barato muitas vezes sai caro.

7. Pagar dívidas menores primeiro

Há quem opte pelas dívidas menores, mas quanto maior a dívida, maiores são e serão os juros. Procure sempre pagar as dívidas com juros mais altos e sempre liste suas dívidas para identificar aquelas de maior valor, para que possa quitá­las primeiro.

8. Não renegociar as dívidas

Se a sua situação financeira não é das melhores, tente renegociar sua dívida. Busque a menor parcela de juros e abra mão do consumo de supérfluos por um bom tempo para que possa controlar a sua situação. Quer um exemplo? Cancele alguns itens da sua lista de compras e contas que não são fundamentais: uso abusivo do celular, corte a TV a cabo, gastos excessivos com lazer, troque a academia pelos exercícios em praças, por exemplo.

Você precisa abrir mão de algumas coisas para conseguir pagar suas dívidas. Com a situação financeira sob controle, retome esses gastos, mas com a sabedoria necessária para que novas dívidas não apareçam.

9. Contrair novas dívidas

Há quem queira pagar as dívidas contraindo novas dívidas. Se o objetivo é excluir essa palavra do seu vocabulário, duplicá­la não é a melhor solução. É como se você enchesse um balde furado com água. Não adianta! Primeiro é melhor tampar os buracos para depois encher o balde.

10. Não definir metas financeiras

Se você não determinar um valor mensal destinado aos seus investimentos, dificilmente mudará sua situação financeira. Crie metas de investimento e sempre aprenda novas formas de economizar e de cuidar melhor do seu dinheiro.

Reveja o seu orçamento e reduza os seus gastos. Se colocar tudo na ponta do lápis vai perceber que há muito onde economizar. Pequenas mudanças geram grandes economias. Dessa forma você consegue se livrar das dívidas e investir parte do seu capital para rendimentos futuros.

Agora que você sabe o caminho para as dívidas, desvie!

Se em sua vida tem sobrado dívidas e faltado dinheiro, reveja quais dos passos citados acima você tem seguido e faça diferente. Talvez seja o momento de repensar como você tem lidado com o seu dinheiro. Além disso, organize e controle seus gastos para não deixar de acompanhar tudo o que acontece. Se você sabe onde erra, sabe onde pode acertar. Então, não seja negligente com sua vida financeira.

Autoria: Tatiana Faria, 38 anos, é responsável pela área de Sucesso do Cliente no Toro Radar. Especialista em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas, faz palestras sobre excelência em atendimento e escreve artigos sobre empreendedorismo e investimentos.